Defesa de Robinho protocola novo habeas corpus ao STF



Foto: Reprodução.

Nesta sexta-feira (22 de março de 2024), a equipe jurídica de Robson de Souza, conhecido como o ex-jogador Robinho, apresentou um novo pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão do ex-jogador ocorreu na quinta-feira (21 de março) após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) enviar um pedido de prisão à Justiça Federal em Santos.

Por uma votação de 9 a 2, o tribunal decidiu que Robinho deverå cumprir no Brasil a pena de 9 anos por estupro imposta pela Justiça italiana. No mesmo julgamento, por 6 votos a 5, determinou-se o cumprimento imediato da pena em regime fechado.

Após a prisão, o advogado de Robinho, José Eduardo de Alckmin, apresentou ao STF um pedido para suspender a ordem de prisão e garantir a libertação imediata do ex-atleta.

No pedido liminar, a defesa argumenta que o STJ não é a instùncia competente para executar a sentença determinada pela Justiça italiana.

“A menos que haja entendimento em contrĂĄrio, parece ser inequĂ­voco que compete ao juĂ­zo federal de primeira instĂąncia – e somente a ele – dar cumprimento ao tĂ­tulo judicial homologado”, afirma.

A defesa tambĂ©m alega que nĂŁo houve pedido prĂ©vio da parte interessada, o que Ă© necessĂĄrio para determinar a prisĂŁo imediata. “AlĂ©m disso, de forma ilĂ­cita, foi determinado o cumprimento imediato da pena, sem que a parte interessada [Governo da ItĂĄlia e Parquet] fizesse o pedido essencial conforme previsto na Lei de Ritos”, argumenta.

Este Ă© o segundo pedido de habeas corpus enviado ao STF. Na quarta-feira (20 de março), no mesmo dia em que o STJ homologou a condenação da Justiça italiana, a defesa tentou evitar a prisĂŁo de Robinho, solicitando que o cumprimento da sentença ocorresse apĂłs o julgamento em Ășltima instĂąncia no Brasil.

O caso foi designado ao ministro da Corte Luiz Fux, que rejeitou o pedido e ordenou a prisĂŁo imediata.

Agora, o STF realizarå um novo sorteio para designar o caso a um novo relator, que analisarå o pedido liminar. Enquanto isso, Robinho permanece detido até que todos os recursos sejam esgotados.

O CASO Em 2017, Robinho foi condenado em primeira instùncia pela Justiça italiana a 9 anos de prisão por estupro. As investigaçÔes sugerem que, em 2013, ele e cinco amigos teriam embriagado uma jovem albanesa de 23 anos em uma boate em Milão, Itålia. A jovem teria sido estuprada coletivamente pelos seis.

O Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação em 2020, mas como havia possibilidade de recurso, Robinho permaneceu em liberdade e retornou ao Brasil. Em janeiro de 2022, a Corte de Cassação da Itålia rejeitou o recurso apresentado pela defesa e ele foi condenado a 9 anos de prisão. Por ser o órgão måximo da Justiça italiana, a decisão não pode ser revertida.

O Brasil não extradita seus cidadãos e, portanto, a Itålia solicitou que a pena fosse cumprida no país. Na quarta-feira (20 de março), o STJ votou pela homologação da pena. O placar não foi unùnime, terminando em 9 a 2 pelo cumprimento da sentença.

Com informaçÔes do Poder 360.

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